Depois de passar a infância num orfanato, Noah conhece finalmente Patience, a mãe, aos doze anos, no átrio de um aeroporto no Luisiana. Mas, apesar de ela fazer tudo para o compensar, nunca se refere ao motivo do abandono; e, por isso, seja na casa de praia de Cape Cod, onde passam temporadas, seja no teatro do Connecticut onde acabam a trabalhar juntos, há um caminho de brasas que teima em separá-los mas que nenhum ousa atravessar. Quando Noah encontra Frank O’Leary – um jesuíta excêntrico que guia um Rolls-Royce às cores –, descobre nele o amparo que procurava. Mesmo assim, há coisas que o padre prefere guardar para si: os seus anos de estudante; o bar irlandês de Boston onde ele e os amigos se encharcavam de cerveja e recitavam poemas; e ainda Catherine, a jovem ambiciosa que não temeu desviá-lo da sua vocação. É, curiosamente, a terrível experiência de solidão num colégio religioso – assombrado por histórias de Dickens e um assassínio macabro – o primeiro segredo que Patience partilhará com Noah; contudo, quando essa confissão se encaixar no relato do padre Frank, ficará no ar o cheiro da tragédia e a revelação que se lhe segue só pode ser mentira. Deixando a Europa em guerra dos romances anteriores, João Pinto Coelho viaja desta vez até à Nova Inglaterra e ao seu belo e tumultuoso mar, para nos oferecer a história fascinante de uma família que não consegue fugir ao seu destino e cujo desfecho é realmente genial.
Depois de passar a infância num orfanato, Noah conhece finalmente Patience, a mãe, aos doze anos, no átrio de um aeroporto no Luisiana. Mas, apesar de ela fazer tudo para o compensar, nunca se refere ao motivo do abandono; e, por isso, seja na casa de praia de Cape Cod, onde passam temporadas, seja no teatro do Connecticut onde acabam a trabalhar juntos, há um caminho de brasas que teima em separá-los mas que nenhum ousa atravessar. Quando Noah encontra Frank O’Leary – um jesuíta excêntrico que guia um Rolls-Royce às cores –, descobre nele o amparo que procurava. Mesmo assim, há coisas que o padre prefere guardar para si: os seus anos de estudante; o bar irlandês de Boston onde ele e os amigos se encharcavam de cerveja e recitavam poemas; e ainda Catherine, a jovem ambiciosa que não temeu desviá-lo da sua vocação. É, curiosamente, a terrível experiência de solidão num colégio religioso – assombrado por histórias de Dickens e um assassínio macabro – o primeiro segredo que Patience partilhará com Noah; contudo, quando essa confissão se encaixar no relato do padre Frank, ficará no ar o cheiro da tragédia e a revelação que se lhe segue só pode ser mentira. Deixando a Europa em guerra dos romances anteriores, João Pinto Coelho viaja desta vez até à Nova Inglaterra e ao seu belo e tumultuoso mar, para nos oferecer a história fascinante de uma família que não consegue fugir ao seu destino e cujo desfecho é realmente genial.