Com uma entrada de supetão (como se diz na gíria futebolística), Gonçalo M. Tavares publicou nos últimos dois anos meia dúzia de livros (por vários géneros, poesia, narrativa e teatro), ganhou dois prémios (Prémio Branquinho da Fonseca, atribuído a "O Senhor Valéry" e Prémio de Revelação de Poesia da APE pelo livro "Investigações.Novalis"), e galgou fronteiras, com traduções em antologias poéticas (na Holanda e Bélgica) e em revistas anglo-saxónicas. Chega-nos uma nova narrativa, "O Senhor Henri", herói das 36 curtas histórias deste livro. O senhor Henri, tal como o senhor Valery, gosta de jogos de linguagem, e é uma pessoa muito bem informada, fervoroso leitor da enciclopédia. E sabe de cor as datas dos vários acontecimentos. Mas é uma pessoa só, tendo por companhia a sua bebida de cor esverdeada, o absinto.
Com uma entrada de supetão (como se diz na gíria futebolística), Gonçalo M. Tavares publicou nos últimos dois anos meia dúzia de livros (por vários géneros, poesia, narrativa e teatro), ganhou dois prémios (Prémio Branquinho da Fonseca, atribuído a "O Senhor Valéry" e Prémio de Revelação de Poesia da APE pelo livro "Investigações.Novalis"), e galgou fronteiras, com traduções em antologias poéticas (na Holanda e Bélgica) e em revistas anglo-saxónicas. Chega-nos uma nova narrativa, "O Senhor Henri", herói das 36 curtas histórias deste livro. O senhor Henri, tal como o senhor Valery, gosta de jogos de linguagem, e é uma pessoa muito bem informada, fervoroso leitor da enciclopédia. E sabe de cor as datas dos vários acontecimentos. Mas é uma pessoa só, tendo por companhia a sua bebida de cor esverdeada, o absinto.