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Para Sempre

Vergílio Ferreira
4.26/5 (564 ratings)
No final de uma vida, entrando no seu epílogo, um homem já sem destino para cumprir medita sobre o seu passado e o seu futuro, no regresso a uma casa vazia onde passou parte da sua infância, povoada de fantasmas que evocam os momentos chave da sua existência. Recheado de flash-backs para o passado e para o futuro (!), a antevisão, real e com todos os detalhes, da degradação da sua velhice e do seu funeral urge em Paulo a derradeira tentativa de procura da explicação de um sentido para a vida, alimentada por muitos sonhos e esperanças no tempo em que tal era devido, cheia de frustrações e desilusões posteriores frutos de um destino azarado e de uma fatalidade previsível, condições propícias para um redescobrir da vida nos elementos mais simples que anteriormente passavam despercebidos na azáfama do cumprimento do quotidiano e de toda uma vida alicerçada nos seus valores supostamente mais altos.

Nesta narrativa de evocações aleatórias, centrada no romance de Paulo com Sandra, mulher difícil e de poucos sentimentalismos, a redução de uma vida ao seu cumprimento basilar pelo amor, último alicerce num mundo de ilusões, revelando-se semítico na sua realização, e defraudado ainda por uma filha que o confronta com a esterilidade da sua actividade e do seu pensamento, mumificando-o no seu tempo presente, tempo esse prometedor de progressos civilizacionais que os próprios contemporâneos se encarregam de deitar a perder, ébrios de uma liberdade utópica que nada concilia face à disparidade de vertentes, facções e pontos de vista que num ruído ensurdecedor emudece e paralisa a humanidade no êxtase do extremo da civilização actual.

Vítima do seu próprio pensamento perscrutador, questionando a sua condição humana e a dos outros, comparando-a até ao fim dos tempos, um lamento arrastado mas pontuado por algumas fagulhas de lucidez e outras de felicidade passada e presente, num acomodar inconsciente contrastante de uma luta ávida pela vida onde persistem ainda mais perguntas que respostas apesar de toda a sofreguidão de viver tal como evidenciado pelo relato de vida do narrador. A paz nunca chega, para sempre continua a percepção do abismo entre aquilo que se é e aquilo que se sente.

Paulo Neves da Silva,Oeiras, Portugal
Format:
Paperback
Pages:
306 pages
Publication:
1994
Publisher:
Bertrand Editora
Edition:
Language:
por
ISBN10:
ISBN13:
kindle Asin:

Para Sempre

Vergílio Ferreira
4.26/5 (564 ratings)
No final de uma vida, entrando no seu epílogo, um homem já sem destino para cumprir medita sobre o seu passado e o seu futuro, no regresso a uma casa vazia onde passou parte da sua infância, povoada de fantasmas que evocam os momentos chave da sua existência. Recheado de flash-backs para o passado e para o futuro (!), a antevisão, real e com todos os detalhes, da degradação da sua velhice e do seu funeral urge em Paulo a derradeira tentativa de procura da explicação de um sentido para a vida, alimentada por muitos sonhos e esperanças no tempo em que tal era devido, cheia de frustrações e desilusões posteriores frutos de um destino azarado e de uma fatalidade previsível, condições propícias para um redescobrir da vida nos elementos mais simples que anteriormente passavam despercebidos na azáfama do cumprimento do quotidiano e de toda uma vida alicerçada nos seus valores supostamente mais altos.

Nesta narrativa de evocações aleatórias, centrada no romance de Paulo com Sandra, mulher difícil e de poucos sentimentalismos, a redução de uma vida ao seu cumprimento basilar pelo amor, último alicerce num mundo de ilusões, revelando-se semítico na sua realização, e defraudado ainda por uma filha que o confronta com a esterilidade da sua actividade e do seu pensamento, mumificando-o no seu tempo presente, tempo esse prometedor de progressos civilizacionais que os próprios contemporâneos se encarregam de deitar a perder, ébrios de uma liberdade utópica que nada concilia face à disparidade de vertentes, facções e pontos de vista que num ruído ensurdecedor emudece e paralisa a humanidade no êxtase do extremo da civilização actual.

Vítima do seu próprio pensamento perscrutador, questionando a sua condição humana e a dos outros, comparando-a até ao fim dos tempos, um lamento arrastado mas pontuado por algumas fagulhas de lucidez e outras de felicidade passada e presente, num acomodar inconsciente contrastante de uma luta ávida pela vida onde persistem ainda mais perguntas que respostas apesar de toda a sofreguidão de viver tal como evidenciado pelo relato de vida do narrador. A paz nunca chega, para sempre continua a percepção do abismo entre aquilo que se é e aquilo que se sente.

Paulo Neves da Silva,Oeiras, Portugal
Format:
Paperback
Pages:
306 pages
Publication:
1994
Publisher:
Bertrand Editora
Edition:
Language:
por
ISBN10:
ISBN13:
kindle Asin: