Sucessivamente criticado, anatemizado e sobretudo imitado, rompendo com a historiografia contemporânea e posterior, hoje ilegível, sobre a I República portuguesa, O Poder e o Povo mantém, trinta anos depois da sua 1.ª edição, a frescura de clássico, que na verdade é.
Recusando o modelo de uma história marxista, que era então a ortodoxia em Portugal e recuperando a importância da história política, O Poder e o Povo é a primeira e continua a ser a única visão desmistificadora, interessante e coerente desse período polémico da vida portuguesa.
Antecipando Simon Schama (Citizens) e François Furet, O Poder e o Povo é também a outros títulos uma obra pioneira: Vasco Pulido Valente recria a história narrativa, escrevendo de novo, com o seu singular talento, «sobre pessoas, famosas e humildes, ganhadores e perdedores, actores do processo de mudança histórica». Precedendo o momento em que os historiadores académicos começaram a responder a um novo interesse do público pela história, sem ceder no rigor da investigação como poucas vezes se verifica nas obras do género, O Poder e o Povo é, além disso, uma admirável obra literária.
Sucessivamente criticado, anatemizado e sobretudo imitado, rompendo com a historiografia contemporânea e posterior, hoje ilegível, sobre a I República portuguesa, O Poder e o Povo mantém, trinta anos depois da sua 1.ª edição, a frescura de clássico, que na verdade é.
Recusando o modelo de uma história marxista, que era então a ortodoxia em Portugal e recuperando a importância da história política, O Poder e o Povo é a primeira e continua a ser a única visão desmistificadora, interessante e coerente desse período polémico da vida portuguesa.
Antecipando Simon Schama (Citizens) e François Furet, O Poder e o Povo é também a outros títulos uma obra pioneira: Vasco Pulido Valente recria a história narrativa, escrevendo de novo, com o seu singular talento, «sobre pessoas, famosas e humildes, ganhadores e perdedores, actores do processo de mudança histórica». Precedendo o momento em que os historiadores académicos começaram a responder a um novo interesse do público pela história, sem ceder no rigor da investigação como poucas vezes se verifica nas obras do género, O Poder e o Povo é, além disso, uma admirável obra literária.